Foi decidido pelos líderes da União Europeia que o segundo semestre de 2008 será o limite para a existência de uma solução para o Tratado Constitucional, rejeitado pelos referendos da França e da Holanda, dando por terminado então o período de reflexão entretanto já prorrogado.
É, portanto, tempo de até lá se debater a Europa. Acima de tudo pensarmos e percebermos a União Europeia que temos e as implicações que terá um Tratado Constitucional. Este é também um desafio que vos lanço, pois será com certeza um dos temas em que o NES terá de apostar forte no próximo ano. Até ao início do mesmo... Boas férias a todos!
Depois de o Governo de José Sócrates (finalmente, dirão alguns) decidir abrir as portas à internacionalização da avaliação do Ensino Superior nacional, parece que o mal-estar no sector já se fez sentir, tendo-se demitido recentemente o Prof. Adriano Moreira, Presidente do CNAVES (Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior), e vários Conselheiros daquele órgão.
A minha opinião pessoal sempre foi no sentido de se começar já a internacionalizar a avaliação do Ensino Superior, tendo em vista e dentro das regulamentações da implementação do processo de Bolonha. Não faz, efectivamente, sentido continuarmos a comparar a FDL com a FDUC ou com a FDUP quando dentro de dois ou três anos concorreremos contra Copenhaga ou Paris em termos de qualidade de ensino e, esperemos, daqui a uma dúzia de anos, em termos de atracção de alunos.
Isso não impede, porém, a existência de um sistema de avaliação interna que permita realmente aos alunos que concorrem ao Ensino Superior saber ao que vão e, acima de tudo, de uma maior aposta na avaliação interna de cada Faculdade. Para isso o CNAVES tem de perceber que o futuro imediato do Ensino Superior mudou e saber mudar com ele, e fazê-lo com a qualidade, a ponderação e a responsabilidade institucional que todos os seus alunos merecem.
Uma semana após o início do XV Congresso Nacional da JS e com a frieza que só a passagem do "momento quente" permite, cabe-me dizer que foi um bom Congresso. Sobretudo para a JS. Porque ganhou o melhor candidato, porque ganhou a melhor lista, porque mostrámos, todos, a nossa força, unidos naquilo em que acreditamos.
No entanto espero mais do Secretariado nos próximos dois anos. Porque, sabendo de tudo o que foi feito e foi muito e recompensador, acho... ou melhor tenho a certeza, que a JS tem de ambicionar a mais. Existem áreas onde de Secretários Nacionais "da tutela" não foram conhecidas palavras, actividades, iniciativas, respostas. A Comissão Nacional tem de exteriorizar conclusões sob pena de apenas os seus elementos terem conhecimento das suas discussões e deliberações. O CNJ tem de agarrar de vez (e penso que o seu recém-eleito presidente o conseguirá) a credibilidade que nunca teve.
Por outro lado há concelhias estagnadas. De cada federação poucas têm orgãos eleitos. Das que os têm poucas trabalham devidamente. Cabe inverter a situação também aí! Acabar com a lógica que impera segundo a qual o trabalho da Federação preenche o trabalho das concelhias afasta os jovens cada vez mais. E sem uma estrutura local forte a JS nunca aspirará a mais do que ser um conjunto de meia dúzia de jovens de Lisboa ou do Porto que fazem política.
Ambição, trabalho e iniciativa. Espero tudo isso e muito mais de ti, Pedro Nuno. Agora mãos à obra!
A Guarda acolheu o XV Congresso Nacional da JS. E acolheu bem! A cidade, e em particular as suas gentes, estiveram à altura de receber e acolher a família jovem socialista. Da minha parte um muito obrigado.
Foi um bom Congresso, isto apesar de, tenho de admiti-lo, demasiado brando para o esperado. O que de certo modo é bom, revelador da campanha digna que fez o camarada João Tiago. Dou-lhe também os meus parabéns por isso, mas também pela coragem que demonstrou em apresentar uma alternativa aos delegados presentes, e uma alternativa à altura da história da Juventude Socialista.
O Pedro Nuno Santos, candidato que sempre apoiei, ganhou arrebatadoramente o Congresso. No entanto teve a humildade que sempre o caracterizou de nunca agir como tal já estivesse consumado quando ainda o não estava. São pequenas coisas, como a sua acessibilidade, a sua simpatia ou a sua grande capacidade de comunicação que fazem dele um grande líder. E a JS merece um grande líder!
Tive apenas muita pena de não se ter efectivamente discutido as moções. Só apenas 3 ou 4 camaradas o fizeram, os restantes acabaram por nesse tempo fazer um balanço do mandato do Pedro Nuno ou então apenas promoverem a sua concelhia/federação. As ideias precisam de ser consistentes quando se sobe a um palanque da JS, as moções servem exactamente para serem discutidas, a JS necessita de ideias, de críticas, de opiniões. Mas tudo isto faz parte, e no global o saldo é muito positivo.
Foi um Congresso com grandes momentos de convívio mas acima de tudo com muito trabalho e stress à mistura. Tudo é, no entanto, recompensador no final, independentemente da vitória ou da derrota, conscientes que demos o nosso máximo em prol daquilo em que acreditamos.
Por fim relevar dois aspectos também para mim marcantes neste Congresso: em primeiro lugar as duas grandes intervenções dos camaradas Pedro Alves e Miguel Prata Roque, ambos docentes na nossa faculdade. Segundo, a saída da JS, em particular, dos camaradas Manuel Lage e Pedro Sá. Aos dois um grande abraço e um muito obrigado!