Acho que é intenção de todos os Portugueses de bom-senso começarem a ver a sua situação económica, social e profissional resolvida. Estou mesmo em querer que os desempregados deste país, ao mal remunerados e os excluídos pretendem ver discutidos, em praça pública, os seus problemas.
Mas não, tentem para a próxima ou então mudem de país.
Ao invés das questões de fundo, o luso povo tem uma palavra, que é repetida vezes e vezes sem conta: Independente. Conhece, também, um "filósofo" melhor do que qualquer outro: Sócrates.
E andamos nisto.
Desde que o Público, numa louvável investigação, assim como o Expresso, se lançou numa espiral noticiosa acerca da vida académica do P.M, já nunca mais se discutiu Ota, TGV, Convergência económica e política laboral.
Nunca mais.
Subitamente, o bolso de cada um deu lugar ao Diploma de um só. Do dia para a noite, discutem-se as propinas pagas e deixa de se discutir bolonha. À velocidade de um click, o Inglês técnico é a ordem do dia.
Sendo que é a última vez que falarei deste processo social movido ao Governo (já explico porque é que me refiro ao governo), a culpa é da oposição que se senta à Direita de José Sócrates.
Ninguém no Governo, nem ninguém no P.S. quererá mais esclarecimentos, mais e melhores explicações. É a sua imagem que está em jogo. É do interesse comum lipá-la bem limpa. Parece que nem todos perceberão isso. Exigem-se investigações, martela-se em dados hipotéticos e o que seria a espuma dos dias passa a ser a festa da espuma, onde todos se divertem.
É ridículo, por uma razão de ser muito simples: o que é que acontece se o P.M tiver sido beneficiado? Há alguém que consiga dar uma resposta cabal? O melhor que conseguem (assim como eu) é abrir hipóteses: O P.R demite o Governo? O Governo demite-se? Demite-se José Sócrates e, mutatis mutandis, segue-se o nº2 do partido, invocando-se jurisprudência SanTana Lopes?
Se a resposta a todas estas questões for "não", só resta uma saída: esperar pelos esclarecimentos e exigi-los a um prazo específico. Porque se se pretende atacar todo o Governo, "pegando" pela fragilidade académica do seu líder bem... Será o país que merecemos.
Um bom remédio para acabar com tudo isto está á mão de semear: Sócrates demite-se, recandidata-se, vence, com nova maioria absoluta, como aconteceu com Cavaco, e por mais que falem, a sua legitimidade política sairá mais forte do que antes.
Em Portugal, o poder legislativo consquista-se pela via democrática. É bom que não nos esqueçamos disto.
(Estive fora por razões válidas: FÉRIAS!)