Ontem fui ao médico de família. Não tive de aguardar muito tempo até ser chamado(até fiquei admirado com tal facto). Entrei. Pedi um relatório médico completo para entregar numa junta médica a que me vou submeter. O médico começa a copiar o último que lhe tinha pedido e que não tinha mais de dez linhas... Mas que país é este? O ócio reina entre os funcionários públicos de forma generalizada. Não querem ser avaliados pelo seu desempenho e vêm para a rua manifestar-se contra perda de regalias, que têm o descaramento de designar de direitos adquiridos - perda essa, em minha opinião perfeitamente justificada - e quando chamados a realizar tarefas da sua competência funcional revelam não ter capacidade para as exercer. Penso que a precaridade ao nível dos contratos de trabalho existente no sector privado – onde verdadeiramente se trabalha – deve ser estendida ao sector público e devem ser retiradas as regalias que ainda não foram. Porque o problema não está numa ocorrência isolada mas, como acima referi, na sua generalização. De certeza que todos já presenciaram situações surreais que ocorrem nas repartições públicas. É necessário avançar com uma avaliação rigorosa de desempenho e excluir do monstro público aqueles que só se servem dele. Não vale a pena questionarmos quem são os governos e governantes responsáveis por esta situação, mas urge corrigi-la. O governo de Sócrates tem-se esforçado por corrigir esta situação mas a realidade do dia a dia mostra que medidas radicais são necessárias para acabar com esta “geração de acomodados”...
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