Há dias, o Presidente da Comissão Nacional da Juventude Socialista, o camarada João Ribeiro, na primeira CPF da JS/FAUL, disse que a realidade hoje é diferente: vivemos numa época em que a notoriedade e o reconhecimento das capacidades do indíviduo não são já prioritariamente reconhecidos através dos percursos académicos e politicos, mas sim através de reality shows e do culto da beleza.
Tem toda a razão. Vivemos numa sociedade em que se subvalorizam os talentos politicos e também os dotes académicos (quantas vezes não descredibilizamos instituições de ensino superior e mesmo cursos?) mas onde ao mesmo tempo se endeusam pessoas unica e exclusivamente devido à sua exposição mediática.
O culto do mérito não tem de ser um dogma. Convenhamos, somos humanos e jamais haverá imparcialidade genuína que sempre abale a confiança que temos em determinada pessoa ou a nossa própria opinião pessoal, ainda que errada. Mas como regra deve ser numa sociedade moderna e progressista ponto assente e indiscutivel.
Aqui reside também um erro recorrente de alguns comunistas: o correcto não é ignorar o mérito, porque o correcto é querermos que todos os elementos da sociedade sejam igualmente ricos e não que todos os elementos da sociedade sejam igualmente pobres.