Sendo que este será dos meus últimos posts este ano lectivo, visto ser aluno do mesmo establecimento de ensino que os meus camaradas, vêm aí os exames e as orais e o tempo será tão escasso como as notas de euro no meu bolso, gostaria de fazer uma ou duas observações, acerca do momento actual do nosso nucleo.
Sou aluno na fdl há pouco tempo, pouco sei de direito, cada vez mais me acho um novato em política, mas há uma coisa que percebo agora: o nes está na berlinda. Todos falam dele, e sobretudo na sua classe dirigente.
A dizer há o seguinte: alcançou-se um prestígio, se calhar, inédito. Chegou-se a um nível elevado de competência e trabalho. A alta bitola foi alcançada.
Mas nem tudo são rosas. Calha haver indefinição no futuro. Que rumo?
Apesar das sombras, uma luz ao fundo aponta para a continuação do sucesso.
Outro ponto: que será da fdl para o ano que aí vem?
Aí, quando falamos desse futuro, o nivel é antagónico ao do nes, sem dúvida. Segue uma luta na blogosfera que não terá tido precedentes. Há difamações, ataques...Mas subsiste o diálogo. A fdl, já conhecida como o ninho dos políticos, está ao rubro.
É com alguma ansiedade que aguardo as próximas eleições da AAFDL. Há hipótese de haver muitas listas, muita sede de poder, mas quem ganha com a concorrência serão os consumidores.
Pela minha parte, compro o que tiver melhor relação qualidade/preço.
Farão todos como eu, ou o mais barato terá mais saída?
De Fábio Raposo a 13 de Maio de 2006
Só mais uma coisa. Quero aqui deixar um abraço de agradecimento ao camarada Flecha Ruiz pelos elogios que fez ao Departamento de Recrutamento de Novos Militantes. Nunca esquecendo as outras pessoas desse mesmo Departamento, vou tomar as tuas palavras também como um elogio à minha pessoa.
Aproveito apenas para dizer que, também para mim, esse Departamento assim como o teu, o Departamento de Imagem e Publicitação mostraram grande trabalho, nunca descurando os outros, obviamente.
Abraço
De Fábio Raposo a 13 de Maio de 2006
"Berlinda" - de "Berlim", n. pr. s. f. - estar na ordem do dia; ser alvo de críticas ou motejos; estar em evidência. In Texto Editores.
Só para tirar o chapéu ao camarada Lev pelo post. Muito verdadeiro, correcto e transparente.
Quanto à situação de o NES apoiar ou não uma Lista candidata à AAFDL sou da opinião que isso não deve acontecer, no seguimento da posição do nosso coordenador.
Primeiro que tudo, as listas (e a AAFDL) devem estar dissociadas da vida partidária. Claro que há sempre alguma partidarização em qualquer lista, mas esse factor não deve ser determinante nem sequer devia ser demasiadamente relevante.
Segundo porque o NES pouco tem a ver com a AAFDL. O nosso trabalho é independente do da associação e vice-versa.
Terceiro porque somos um Núcleo Político-estudantil. Devemos pronunciar-nos sobre política, sobre o(s) partido(s) em si e sobre a vida académica. Apenas isso.
Quarto porque não queremos, nem devemos, entrar em "guerras" que não são nossas. Somos falados? Pois que sejamos. O trama que se gerou e está a gerar na FDL é demasiado complexo e de um caminho excessivamente tortuoso para que enveredemos por ele.
Quinto e último, porque apesar do facto de o NES passar ao lado de todo este enredo de "pré-campanha", os seus membros são livres de apoiar (formalmente ou não) qualquer lista, como disse o camarada Silveira.
Por ora é tudo.
Saudações académicas!
De Flecha Ruiz a 11 de Maio de 2006
Não tenho mantindo a assiduidade que deveria ter nos comentários deste blog mas tenho sido leitor de todo o que passa por ele e devo constatar que várias questões relevantes passaram por aqui...é com orgulho que denoto isso.
Após um ano lectivo de trabalho, após reuniões, após lutas, após amarguras e politiquices por debaixo da mesa contra o NES e após uma série de batalhas ganhas há algo que não poderão dizer...nunca ninguém poderá dizer que o NES/FDL 2005-2006 foi um Núcleo estagnado e que andou pelas sombras.
Tal como já aqui foi referido fomos falados de forma muito pouco correcta e na procura de ataques pessoais para destabilizar, no entanto subsistimos de cabeça erguida e nunca deixámos de fazer nada do que estava ao nosso alcance nem nada a que nos tivéssemos proposto a fazer por causa desses mesmos ataques.
Em jeito de balanço da actividade no departamento que foi encarregado de orientar...foi extenuante mas compensatório e, tal como alguém disse no inicio do mandato, "se conseguirmos trazer uma pessoa para aqui já podemos considerar uma vitória.". Não sei quantas levámos mas sei, não querendo de forma nenhuma denegrir os outros departamentos, que o Departamento de Recrutamento de Novos Militantes juntamente com o Departamento de Imagem e Publicitação fizeram um bom trabalho e conseguiram o ingresso de várias pessoas dispostas a trabalhar e a fazer parte deste projecto.
Além de cartazes, panfletos e jornais espalhados pelas mãos de discentes e docentes da faculdade tinhamos também acessos on-line através de e-mail, blog e site. Com o material usado este ano aprendemos a melhorar e posso garantir que caso o grupo deste ano alcance vitória nas próximas eleições e me seja confiada novamente a mesma tarefa, voltaremos com melhor material de forma a cativar todos os interessados. Éramos todos muito inexperientes em várias coisas, mas estou confiante que logo no inicio do próximo mandato entraremos em força e dispostos a um maior e melhor trabalho.
Quanto a apoio à associação...estou de acordo com o Pedro Silveira...não será um campo que nos seja aconselhável meter.
Um abraço a todos nós.
Flecha Ruiz
De Лев Давидович a 9 de Maio de 2006
Subscrevo a 98%.
Só não subscrevo a 100% por uma coisa, que referes, já no final: o NES deve e tem mesmo o dever de apoiar a lista que achar melhor. Se achar que deve apoiar alguma, deve fazê-lo, se achar que não deve apoiar nenhuma, então não apoia, mas opinião deve sempre ter.
Coisa diferente é obrigar e forçar alguém a tomar e seguir as mesmas opiniões que a direcção. Somos todos camaradas, lutamos pelos mesmos obejctivos, mas a liberdade deve guiar o nosso trajecto.
Nisso estiveste certíssimo.
Abraços
De PedroSilveira a 9 de Maio de 2006
Bem, em relação ao NES ser falado e falado na FDL não é algo que me preocupe. Aliás, um dos grandes objectivos, senão o maior, da minha candidatura a Coordenador foi fazer conhecer o NES aos alunos.As pessoas saberem que existe,que trabalha,que estão ali as pessoas que por ele [NES] dão a cara e saberem que a elas se podem dirigir se quiserem paricipar e trabalhar foi o meu grande objectivo. E foi conseguido.
É verdade que ultimamente tem havido mil conversas sobre o NES, mil e uma teorias da conspiração,etc. Percebo perfeitamente a sua razão de existir, e essa perfeita percepção parte da minha visão política sobre o assunto. Cada um fará a sua. Eu acho natural tudo isto surgir quando surge, como surge e em que moldes surge.E por isso passa-me ao lado e passará com certeza a qualquer pessoa minimamente informada e com visão política sobre a situação.
Falando do que realmente interessa, aproveitando o post do camarada Lev em jeito de balanço,gostaria de dizer que globalmente estou muito satisfeito com o trabalho desenvolvido pelo Núcleo neste mandato.Partimos do 0 e isso nunca é fácil.Por isso algumas coisas falharam, algumas ideias não puderam ser concretizadas, porém outras não previstas surgiram e foram-no.As minhas duas ideias estruturais foram, no entanto, um sucesso:
- Abrir o nucleo a TODOS e não a um elitista secretariado de 8 pessoas
- Dar a conhecer o NES dentro e fora da FDL
Mas sobre tudo isto espero falar na próxima reunião,que será antes das férias (espero bem ser possível!).
Há muito a melhorar e eu sou o primeiro a admiti-lo.Agora vos garanto: vencemos a total estagnação em que ele se encontrava.Somos hoje o núcleo de escola mais activo de Portugal! E isso orgulha-me, deve orgulhar-nos a todos. Mas queremos e devemos crescer. Em número e em qualidade (de trabalho politico produzido). Sei perfeitamente disso e é isso que quero.
Por fim, em relação à questão da AAFDL, como é óbvio como membro da mesma, não me pronunciarei sobre a sua vida interna. Apenas deixar duas notas:
- O NES comigo enquanto coordenador não apoiará qualquer lista à AAFDL.
- Os membros do NES (enquanto pessoas por natureza interessadas na vida académica e associativa), como é óbvio, serão livres a integrar as listas que entendam ser as melhores para a FDL.
Como defendi na Covilhã, no encontro da ONESES, politização do Ens. Suiperior SIM, partidarização NÂO.
Um abraço a todos
Pedro Silveira
De Лев Давидович a 8 de Maio de 2006
Camarada, percebo que discordes do termo, mas é o mais adequado:
- Somos falados pelas piores razões, todavia o prestígio que se alcançou é a razão do que sucede;
-Trabalhar, claro está, como se tem feito é um imperativo do qual não abdicamos.
-O falatório não é bom mas o nucleo é.
Isto é estar na berlinda: não ser consensual mas ser conhecido; não ser pacífico amoung the others mas ter fins bem definidos; ser grande e estar constantemente a ser criticado. São as regras do jogo democrático. Nem Jesus foi consensual. A nós cabe a rectidão, aos outros o que eles quiserem...
De João a 8 de Maio de 2006
"Berlinda" é um péssimo termo. Não me parece, embora seja a minha opinião, que este tipo de falatório sobre o NES seja o melhor para o nosso núcleo. E é preciso ter cuidado! E trabalhar, para se verem resultados...
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