Um dos domínios em que a oposição- principalmente a direita – mais tem criticado o governo é a política que este seguido como solução para a redução do défice das contas públicas. Os partidos de direita pretendiam que o governo reduzisse o défice por recurso à redução da despesa pública e não recorrendo ao aumento de impostos. Pergunta-se: qual o objectivo (ainda que não o principal) do encerramento de maternidades, urgências, tribunais e esquadras da polícia?
Por seu turno, o Governo, a meu ver de forma correcta, percebeu que essa via não era suficiente para reduzir o défice para os 3% do PIB e conjugou essas medidas com o aumento de impostos para um patamar que especialistas consideram ainda aceitável e suportável pelos cidadãos.Todos nós temos consciência que o esforço de redução do défice deve ser um esforço colectivo!
A recompensa do esforço está a chegar e Sócrates já anunciou o descongelamento da progressão nas carreiras da função pública em 2008. No horizonte vislumbra-se, de igual modo, a descida dos impostos. Teixeira dos Santos conseguiu o que Ferreira Leite não conseguiu, não delapidando património do Estado como esta fez.
Os resultados estão à vista de todos e as critícas de certos sectores são, é preciso referi-lo, infundadas.
Se a política reformista do governo continuar com o impulso que tem tido e com os valores de défice e de crescimento económico recentemente divulgados a atingirem valores razoáveis, o país está no rumo certo.