Pedindo desculpa a todos os leitores pela ausência recente, motivada por várias razões, retomo assim a regularidade dos textos no blog do NES-FDL.
Li, há dias, que os radares de controlo de velocidade do Porto têm apanhado veículos a velocidades vertiginosas. Além destes, muito se tem falado dos radares em Lisboa e do número assustador das contra-ordenações registadas.
Cumpre indagar se os radares, no seu sentido principal de prevenção de condução com excesso de velocidade, resultam efectivamente.
Farão estes dispositivos diminuir a velocidade dos condutores? Bom, no que respeita aos 15 metros onde existem radares, sim.
Cumprirão as consequentes multas aquela finalidade? Tendo em conta o número de infracções registadas, a resposta parece negativa.
Mas pode ainda ser cedo para tirar conclusões, mesmo que sejam a nível pessoal, pelo que deixemos de parte a questão da (in)utilidade dos radares.
Atente-se, antes, no facto de existirem câmaras de filmar em algumas auto-estradas e não só, assim como máquinas fotográficas em determinadas vias de comunicação, como nas portagens.
Estou apenas a referir tecnologias que visam, à partida, contribuir para a segurança rodoviária. Pense-se também nas câmaras de filmar nos parques de estacionamento e nos supermercados, nos sistemas de GPS e até no Google Earth, entre outros.
Poderemos estar nós a caminhar para uma sociedade onde muitos dos nossos movimentos são passíveis de serem visualizados, registados e analisados, qual Big Brother?
Adiantará, mesmo, apostar numa eventual segurança (rodoviária) se a nossa liberdade pode estar em causa?
Não acredito que estejamos seguros assim. E mesmo que estivéssemos, não teríamos a liberdade suficiente para conseguirmos aproveitar o facto de, final e milagrosamente, estarmos seguros.
De Anónimo a 14 de Dezembro de 2007
ha tempos tambem surgiu uma historia sobre umas cameras dentro da faculdade e afinal nunca se mostrou nada
De Fábio Raposo a 12 de Dezembro de 2007
Nem a propósito, leio hoje pelos jornais que serão instaladas câmaras de videovigilância na zona histórica do Porto, ficando em funcionamento a partir de Janeiro.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=309032
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