Foram marcadas novas eleições para o NES/FDL. Encerra-se outro ciclo. É importante que todos percebamos essa lógica democrática, que não descaracterizemos ou deturpemos a sua essência. Só assim faz sentido participar activamente num núcleo ou em qualquer estrutura política. Uma lição para o futuro.
Depois de um período de menor actividade, como o próprio Coordenador assumiu na última Reunião Geral (por condicionantes várias), o que se fez sentir necessariamente na actividade deste blog, é tempo de pensar no futuro.
Na última reunião surgiu já uma candidatura, cabe aos militantes do NES avaliá-la e apoiá-la ou não. Gostava, no entanto de frisar algumas coisas a este respeito.
Em primeiro lugar o NES/FDL desde que me lembro dele nunca foi nem é uma monarquia: todos os militantes são livres para se candidatar e nenhum é incitado a tal. Não aconteceu com o Fábio, que decidiu de livre iniciativa candidatar-se e não aconteceu com o João Gomes, que decidiu agora fazê-lo. Tanto o ano passado como agora apelei a que quem não concordasse com a lista apresentada deveria naturalmente propôr uma alternativa. Foi exactamente por isso que até ao prazo de apresentação de novas listas não apoiei o Fábio nem apoiarei o João.
Em segundo lugar gostaria que a(s) lista(s) ao Secretariado do NES/FDL apresentassem mais que nomes, ideias para o próximo ano e, sobretudo, vontade para as concretizar. Se existisse um legado que gostaria de deixar no NES/FDL esse seria sem dúvida o da existência de linhas programáticas de acção do núcleo. Só assim se pode decidir votar em consciência, seja na melhor lista (no caso de existir mais que uma), na lista existente ou em lista nenhuma.
Gostaria de acabar dando um incentivo forte a todos os militantes do NES/FDL para partiparem activamente neste processo eleitoral até às eleições de dia 14 de Março.
Tal como disse o Pedro Silveira, encerra-se aqui um ciclo. Mas é importante referir que sempre se trabalhou no sentido de abrir portas e oportunidades a que novas pessoas e novas ideias fizessem parte do núcleo. Encerra-se um ciclo e abrir-se-á um novo, que espero não ser de corte com aquilo que tem vindo a ser o NES-FDL nestes 3 anos.
Concordo quando dizes que os militantes são livres de se candidatarem, foram essa democracia e espírito aberto que fizeram com que o NES crescesse tanto. Todavia, chamo a atenção para o facto de ser melindroso dizer-se que nao se apoia uma candidatura. Ainda que entenda o que pretendes dizer, apoiar formalmente enquanto coordenador ou enquanto secretariado do Núcleo é uma coisa, apoiar as candidaturas, no sentido de ajudar a que se realizem, facilitar a transição e mostrar às pessoas que são ajudadas (sinónimo de apoio) é muito importante e algo muito distinto. Mesmo antes do prazo para entrega de listas terminar.
Quanto ao que disse o colega Manuel Tiago, respeito totalmente a sua opinião, mas não posso concordar com ela. O trabalho de um militante não se vê só pela quantidade de vezes que escreve no blog ou pelo número de vezes que a sua foto aparece no jornal. Há pessoas que trabalha(ra)m mais do que outras, é certo. Por vezes, existem períodos de tempo em que se trabalha muito e outros em que estamos ausentes.
Abstenho-me de comentar a situação das listas à AAFDL ou o trabalho concreto que o camarada João Gomes realizou até hoje. Não se trata de uma candidatura surpresa, nem nos cabe julgar os motivos (sejam eles quais forem) porque decidiu candidatar-se, desde que venha a cumprir aquilo a que se propõe. João Gomes sempre esteve presente desde que entrou para o Núcleo, nunca lhe faltou disponibilidade e ajudou sempre que lhe foi solicitado. Ninguém lhe pode negar a capacidade de trabalho. Mais importante ainda, contribuiu com ideias para o desenvolvimento do Núcleo e ajudou a pô-las em prática.
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