Uma Realidade que Nos é Próxima
Quem acaba de ler
isto não pode ficar contente com o país que tem.
Eu sei que não fico.
Estou em Direito, vim do "antigo" 4º agrupamento, humanidades, e a minha relação com os números, tendo os seus altos e baixos, nunca sendo estável, sobretudo, porque a primeira comparação/contradição que nos era apresentada baseava-se numa eterna batalha entre pessoas e os ditos cujos. Preferindo, como sempre, os humanos, era-me, é-me, complicado ver um 23 ou um 678 em vez de um Zé ou de uma Maria. Mais aguda fica a reacção (que é quase alérgica!) quando sei que atrás de um mero 14 estão centenas de almas que um dia quiseram estudar e seguir uma vida de sabedoria que iriam colocar ao dispor de toda uma comunidade.
Mas, como em quase tudo na vida, há uma causa e um efeito. Para além do notório escândalo que é a noticia, pensar que se vive num país assim é pouco pior que deprimente. Com Constituição, com leis, com algum desenvolvimento...para quê?
Haverá duas manifestações, ao que se leu:
-Uma terá, necessariamente, de ser de jubilo. Pouco depois do frustrado ideal "Abrilesco", caiu-se, uma vez mais, na "elitização" e cavou-se um fosso, brutal, que pudesse separar classes. Para os obreiros dessa estranha forma de vida, vai haver palmas, muitas palmas. É que educação e Direita têm pouco ou nada a ver.
-Outro, é o meu. Não querendo cair no reino dos passarinhos a chilrear, desde pequeno que gostaria de viver numa sociedade igual, justa e onde houvesse liberdade de escolher o que viver e o fazer no futuro.
Machadada grande esta...
No dia em que se responder ao "porquê" disto tudo, eu já não estarei a escrever para blogues.