Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2007

A UE: janela de oportunidades
Acima de tudo a UE é hoje uma janela de oportunidades para os jovens de todos os Estados-Membros. Não apenas pela possibilidade e facilidade de estudar ou trabalhar noutro país da União mas principalmente pela possibilidade de alcançar outros níveis nos negócios trabalhando no seu próprio país. A globalização não deve ser encarada como um papão: para a inovação, para as boas ideias, para a diferenciação pela qualidade, para os audazes e para os engenhosos existirá sempre lugar em qualquer mercado por muito abrangente que seja. Incutir nos portugueses, em especial nos jovens portugueses, essa mentalidade de aposta, de expansão, de inovação, de investimento, de qualificação, deve ser no meu entender uma das prioridades de qualquer Governo nos próximos 10 anos. O que não podemos esquecer é que tudo isso deve existir sem prejuízo de um cada vez mais exigente Estado Social Europeu, onde medidas de incentivo à igualdade de oportunidades tenham um lugar-chave. Não devemos nem podemos esquecer os princípios fundadores e fundamentais da União Europeia. Pelo contrário, apoiado neles, devemos tentar construir um ainda mais perfeito modelo de sociedade europeia onde se premeiem naturalmente os melhores mas onde não se ostracizem aqueles que se encontram no "ciclo vicioso das dificuldades". Uma sociedade nunca será unitária, existirão sempre mais ricos e mais pobres. Fazer com que essa diferença seja mínima tem de ser o nosso propósito.
Pedro Silveira
Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007

Ao longo desta tertúlia, na qual deposito muita confiança de sucesso, tentarei retratar as mudanças que esta Europa, de constante evolução, nos oferece.
Antes de mais, cabe dizer que a temática da Europa é de extrema importância para a actualidade politica, social, cultural e económica da vida dos jovens europeus de hoje.
Será importante fazer aqui uma comparação entre como nós jovens portugueses vemos estas transformações diárias e a medida em que essas transformações nos afectam no dia-a-dia, e como essas mesmas mudanças mudam a vida dos jovens de outros países Europeus.
Um exemplo bem actual, é por exemplo as mudanças implementadas por Bolonha, que como se sabe, um dos objectivos fulcrais é o facto de colocar ao dispor dos jovens estudantes Universitários a possibilidade de fazerem Erasmus para um maior número de países europeus e em qualquer ano do curso. Igualmente acaba por se criar uma certa equivalência entre os mesmos cursos por toda a Europa.
Esta importante alteração, que em nada tem sido pacífica em Portugal, tem no seu âmago uma possibilidade fantástica para os jovens europeus conhecerem outros países na Europa e novas culturas.
Este é apenas um dos muitos contributos que a velha Europa oferece agora aos seus jovens cidadãos, cabendo-nos aqui elucidar os jovens sobre os pontos positivos e negativos dessas mudanças, na perspectiva não apenas de jovens portugueses, mas fundamentalmente de jovens europeus.
Domingo, 25 de Novembro de 2007

Antes de iniciar a apresentação e a “inauguração” deste tema cabe-me fazer um agradecimento. Ao colega Pedro Silveira, o convite endereçado para participar nesta recém criada tertúlia do Núcleo de Estudantes Socialistas desta mui nobre Faculdade de Direito.
Como militante e sub-coordenador de uma estrutura da JS, foi com enorme apreço que aceitei fazer também parte do NES, nomeadamente no princípio do meu primeiro ano nesta Faculdade.
Como “inauguração” do tema «Europa e os Jovens», numa perspectiva politica, isto é, de inquietude intelectual e não só estritamente jurídica, propugno fazer uma abordagem geral do que falarei, enquanto mero participante desta tertúlia.
A União Europeia não podia, presentemente, estar mais na ordem do dia! Com o Tratado europeu de Lisboa, a assinar em Dezembro do corrente ano, a que se segue um eventual referendo sobre este texto em Portugal e nos restantes países europeus, a Europa depara-se com um futuro imediato que começa hoje, convocando todos os jovens às responsabilidades daí decorrentes.
Contudo, apraz-me lançar duas questões que, a meu ver, são imprescindíveis e às quais tentarei responder ao longo da minha participação:
1) A União Europeia carece de suplantar as apreensões que suscita, mas como falar delas aos jovens europeus?
2) Como dar conta, aos jovens europeus das profundas transformações que têm lugar num projecto vivo, embora complexo, se bem que de aparência tecnocrata, envolvendo-os nesta construção de “pequenos passos” mas de grandes aspirações?
A Universidade é por excelência um espaço privilegiado para o desenvolvimento do diálogo “europeu” e a jusante para o aprofundamento dos nossos conhecimentos. Com o fito na criação de bases para este aprofundamento recorrerei a alguma literatura específica acerca do tema Europa. A este propósito, a meu ver a literatura destes temas deveria merecer mais atenção por parte dos jovens portugueses. Como sugestão, e tendo sido a minha primeira leitura acerca deste tema, aconselho sob a direcção do Professor Mário Dehove, Professor de Economia da Universidade de Paris XIII a obra “O novo Estado da Europa”, da editora Campo da Comunicação, que de forma objectiva apresenta os principais problemas com que se debate a União Europeia expondo também algumas soluções possíveis para resolução desses mesmos problemas.
Resta-me, por fim, dar uma palavra de consideração a todos aqueles que aceitam este desafio e que participam comigo na tertúlia acerca da Europa e dos Jovens. A todos bem-haja…