- A Cimeira UE-África pode vir a ter todos os defeitos, menos o que a maior parte dos críticos invoca: a não discussão dos direitos humanos. O mundo todo está (como nunca) a fazê-lo neste momento. E Sócrates já garantiu que entre os países também terá lugar. Por outro lado é engraçado ouvirmos que Portugal não devia receber com tantas honras tantos ditadores. Mas... querem fazer uma Conferência da UE ou da UE-África?
- Nem o outdoor do camelo da JSD deu tanto que falar como os recentes outdoors da JS. Ok, a razão não é a melhor: prende-se com os figurantes do cartaz. Porque têm ar matreiro, porque são duas raparigas e um rapaz, porque uma é loira e outra morena. Mas também o que há para discutir/criticar em números? São uma verdade indesmentível. E isso dói. Au!
- Vivemos numa época priviligiada. De informação, de conhecimento, de cultura, de cidadania, de liberdade, de acesso e exercício quase incondicionado de tudo isso. E o que fazemos disso? Qual o valor que lhes damos? Não chega sermos apenas jovens de idade: o progresso não cai das árvores e não se compadece com que só olha para o próprio umbigo, quem só sabe criticar ou quem nem isso se dá ao trabalho de fazer!
- No Secundário tinha um Prof. de História que dizia que das greves se poderia tirar uma grande conclusão: de entre os sindicatos e o Governo existe algum grande mentiroso. De facto, perante a diferença de números, é uma conclusão óbvia. Sugiro que o Governo reclame menos dos números e tente perceber melhor as razões da greve (Portugal não são só números) e que os Sindicatos encarem os números não como uma derrota do Governo mas como um meio de lhe fazer sentir as preocupações dos trabalhadores portugueses, esquecendo partidos, ideologias e metodologias de outros tempos.
- O que se passa no PCP não estranha a ninguém: são as regras a casa. Todos os militantes do partido não devem alegar desconhecer o funcionamento do Comité central. Além de clássico faz parte da própria maneira de ser do PCP. Não nos podemos é surpreender que faça confusão a qualquer pessoa que se afastem, por razões estritamente de politica interna do partido, cidadãos eleitos. Setúbal, Marinha Grande, Santarém...
- Vou a caminho da faculdade. Paro num semáforo. Ao meu lado direito pára um carro com um aluno da Faculdade de Direito de Lisboa dentro. Ao meu lado esquerdo, simultaneamente, pára outro carro com outro aluno da mesma faculdade. Um carro é um Mercedes CLK quase novo. Outro é um Citroën AX de 1990. A faculdade de que falo é a minha, é a nossa. Penso então porque sou de esquerda e no quão inquinado està o pensamento liberal de igualdade de oportunidades à partida. Penso então que é uma honra fazer parte de um núcleo de esquerda naquela faculdade.
- Se soubermos ter a coragem e sabedoria de retirar os fait-divers, os casos e as falsas polémicas da análise verificaremos que Portugal impôs-se de uma maneira ímpar no panorama internacional nos últimos meses: Tratado de Lisboa; Putin; Cimeira Europa-Àfrica; Chavez... E adivinhem lá? Os lucros (não somente económicos) daí provenientes não foram mérito dos comentadores do costume! Mas do Governo.
- Há dias um amigo pediu-me para o "educar ideologicamente". Queria escolher um partido, participar nalguma coisa, sentir-se útil. A frase foi exactamente "Quero fazer algo útil". Como já fiz com muitos outros, fornecer-lhe-ei tudo aquilo que tenho e que consiga arranjar, explicar-lhe-ei o mais imparcialmente possível as grandes diferenças entre partidos, tendências, sistemas ideológicos. Faço-o com o prazer de ver despontar alguém pelo lado mais nobre da politica, reconhecendo aquele que fui com 17 anos: a ler, dissimuladamente, o Manifesto Comunista e Bernstein nas aulas de História.
- ONESES. Nova reunião, novas expectativas. Dois apontamentos básicos. Primeiro, não pode haver ONESES sem NES's, sem núcleos nas Faculdades é fazer da ONESES um ENDA dos militantes da JS, o que de utilidade, organização e aproveitamento terá o mesmo que o ENDA oficial. Segundo, começar por criar uma estrutura nacional sem estruturas distritais e sem núcleos é construir uma casa sem paredes e sem alicerces.
- Enquanto proveniente de uma zona rural entendo bem as dificuldades da ruralidade, os problemas crónicos da agricultura, a dificuldade de modernização, de investimento, de captação de recursos humanos para esta área. Nisso têm-se empenhado múltiplos governos, investindo em programas de formação, em ajudas de compensação, em créditos especiais, em programas estratégicos de redefinição das áreas cultiváveis, etc. Tudo isso é bom e faz sentido. O que não faz sentido nenhum é cada vez que chove ou que não chove virem agricultores à TV exigir subsídios governamentais!
- Jardim quer normalizar as relações com o Continente. Nada de absurdo, sempre assim foi, como que num jogo. O problema é que, ao contrário do que a maior parte das pessoas possa pensar, Drumond, o deputado do PSD/Madeira que defendeu recenetemente a independência do arquipélago, não está a agir a mando de Jardim. Pelo contrário, este ter-se-á finalmente apercebido que está a criar uma linha de pensamento que as próprias pessoas da Ilha não percebe tratar-se de algo lúdico e que o impedirá de jogar com sucesso, como sempre fez.
- Importante a intervenção do SG da JS, Pedro Nuno Santos, no debate do Orçamento de Estado, marcando uma posição clara na defesa deste Orçamento no que diz respeito aos jovens. Não por seguidismo mas por justiça: os números em causa mostram-no. Ainda que a preocupação central nos esmague - o desemprego, principalmente o desemprego entre licenciados - existe, mais que nunca, uma esperança.
- José Sócrates foi avassalador no debate do Orçamento de Estado. Sem hesitações, com grande confiança e à vontade e, acima de tudo, com resultados para mostrar. A oposição remeteu-se a uma mediocridade de argumentos evidenciada desde o início da legislatura e nada modificada (ainda) com o retorno aos palcos de Santana Lopes.
- A JS avançou com uma campanha nacional de outdoors onde expressa algumas das conquistas deste Governo no que aos jovens diz respeito. Tratam-se de números, de factos. A sua força deve ser a nossa força para os fazer ver a quem não quer e para lutar por iguais números noutras áreas da juventude.
- Façam comigo o seguinte exercício mental: a partir de agora nas vossas turmas é escolhido um delegado de turma que deixará de estudar e de se interessar pela faculdade para defender arduamente os interesses da vossa turma. Uma vez cumbado, fará o mesmo árduo esforço na turma respectiva que substituir essa no, imaginemos, 1º ano. Ridículo? Muito. Sempre tive para mim como verdadeiro princípio que as instituições não servem para nos servirmos delas, que as associações, sindicatos, federações, partidos, etc são organizações desinteressadas de pessoas que fazem um trajecto e nele incorporam alguma participação cívica. No entanto olho em redor e vejo exactamente o contrário! É preciso entendermos que a "profissionalização" do associativismo acabará por destruí-lo por dentro. Se não o fez já.
- Com base num ranking, tem-se nos últimos tempos diabolizado a escola pública, apontando-se o dedo àqueles que nela acreditaram e acreditam enquanto promotora de inclusão social. Os rankings são aquelas coisas tramadas, feitos de números que exprimem realidades meramente objectivas, que ignoram as pessoas e as condições específicas de cada estabelecimento de ensino. Mas não deixam por isso de deverem ser levados em conta. Não se parta é imediatamente daí para invocar a escola pública enquanto "fonte de todos os pecados". Principalmente sem invocar soluções ou alternativas!
- O Tratado de Lisboa tem de ser referendado porque se permite a discussão do mesmo na sociedade portuguesa. Farto-me de ouvir e ler isto por todo o lado e nunca, nunca consigo evitar o riso.
- A crise académica na Faculdade de Direito de Lisboa não é uma crise politica. Mas talvez esta afirmação não seja tão linear: muitas das opções que foram tomadas (nomeada e principalmente a colagem das propinas ao limite máximo permitido e à implementação tardia do Processo de Bolonha na FDL) derivam directamente do modo como se vê o aluno no enquadramento do Ensino Superior. E isto é politica. No entanto a crise não é de hoje. Parece é que só acordaram agora os "fazedores de revoluções". E isto é politica.
- Em relação ao PSD permitam-me discordar dos dois posts anteriores dos meus colegas já que além de pensar que Menezes precisa de tempo para ser avaliado (como referi aqui), julgo também que Santana Lopes não irá dificultar a vida ao presidente do partido. Por dois simples motivos: tem passado que o prova - como vice (situação muito mais confortável para criar cisões que líder parlamentar) de Durão Barroso; e é um politico inteligente, pelo que se quiser realmente voltar ao cenário politico nacional (ou autárquico em Lisboa já em 2009, como se veicula) terá sempre um comportamento institucional impecável e reabilitador (pelo menos tentará).
- Na próxima Comissão Nacional da JS, órgão máximo e soberano da JS entre Congressos, estará presente a Ministra da Educação para discutir com a organização as politicas de Educação do Governo. Tudo muito bem. Mas a minha questão é: tem a JS alguma coisa a dizer-lhe? Tem a JS alguma posição mais ou menos estruturante sobre Educação? Tem a JS uma moção educativa onde esteja expressa uma vontade colectiva da organização? Onde os militantes, no seu conjunto, se revejam e na qual foram participantes activos ou pelo menos tiveram essa possibilidade? Esta crítica não se destina ao Secretariado Nacional, do qual sou apoiante desde a primeira hora, mas a toda uma lógica que as juventudes partidárias têm de abandonar. Pela democracia, pela participação, inclusive pela não-extinção natural das organizações!
- Depois de efectuada a primeira reunião-geral do NES após reinício das aulas, deixem-me deixar-vos um desafio: sairam da FDL, pelas minhas contas, 8 camaradas do Núcleo que pertenciam ao 5º ano no ano transacto. Temos de conseguir no mínimo esses 8 no primeiro ano. Depende de todos.- Nunca deixa de ser engraçada esta nacional tendência natural para a incoerência: se a assinatura do novo Tratado Europeu não fosse conseguida ainda durante a Presidência Portuguesa isso seria uma catástrofe para o Governo português, qual flamejante incompetência diplomática; se se conseguiu... não foi mérito do Governo português.
- Os EUA apelam para que a Turquia efectue um esforço diplomático antes de atacar o norte do Iraque. Estão a brincar comigo, não estão? Que moral!
- A presença do SG da Juventude Socialista na Prisão de Paços de Ferreira explicando que não será abandonado o combate ao tráfico de drogas nas prisões é significativo e extremamente simbólico. Simboliza a solidariedade dos jovens socialistas com o Governo numa área sensível como esta, simboliza a preocupação dos mais novos pelas questões sociais, simboliza o verdadeiro enquadramento que as gerações mais jovens têm de ter (ou começar a ter) das prisões enquanto mecanismos de reinserção social.
- Saiu mais um Jornal do NES. Notei o interesse de muitos colegas da FDL em ler a nova edição, talvez acrescida pelo destaque às propinas e pela aproximação da temática à própria realidade da nossa faculdade. Muitos deles, no entanto, não sabem ainda o que é o NES. Urge portanto trabalhar para envolver mais uma geração de fdlianos neste projecto aberto e abrangente, que é o NES/FDL.
- Ponham-se no lugar do homem: são Primeiros-Ministros. Logo, governam. Não andam a dizer à sra. de uma qualquer Direcção Regional de Educação para sancionar um qualquer Professor mais atrevido ou a um qualquer Chefe de serviço de um qualquer Hospital para sancionar um qualquer médico satírico ou a um qualquer grupo de policias para avisar um qualquer sindicato com intenções de vos vaiar. Não, vocês têm mais que fazer e que pensar. Têm de Governar. E os jornalistas que comentar, escrever e relatar o que bem entenderem. Sempre foi assim, e sempre será. A investigação deverá ser feita pelos órgãos próprios e as conclusões aplicadas severamente. Mas não porque apareceu na TV. Na TV não se governa! A TV não é Portugal!
- As propinas é um daqueles assuntos clássicos para um aluno de Ensino Superior. Porque as Universidades ainda não são empresas o Estado encarrega-se de, em nome da tendencial igualdade de oportunidades e ao mesmo tempo da sustentabilidade orçamental de cada instituição, fixar um limite máximo e mínimo de propinas. Até aqui só uma coisa a apontar: a tendencial gratuitidade de que fala a Constituição não tem tido aplicação. Pelo contrário, o limite tem até agora aumentado sempre. Mas a quem nos podemos e devemos realmente queixar é a Conselhos Directivos como o da nossa Faculdade, onde 940€ são pedidos sem qualquer justificação/aplicação plausível. Afinal as propinas são uma taxa?
- A JS foi, enquanto estrutura politica, pioneira na divulgação das atrocidades cometidas na Birmânia através do apelo a todas as pessoas a assinar a petição da ECOSY, estrutura internacional que integra. Mas ficou-se por aí. A intervenção politica exige formas de reinventarmos a comunicação e as acções, que meramente simbólicas ou não, praticamos.
- Não sejamos hipócritas: a situação das quotas no PSD mostra o funcionamento podre dos partidos portugueses. De todos. Chegou-se a uma situação de inversão da famosa (na politica portuguesa) lei de Gresham aplicada à politica: os maus politicos, por sistema, acabam por expulsar os bons politicos e limitar a discussão e a participação cívico-politica a meia dúzia de interesseiros por secção. Romper com o sistema, numa atitude irreverente, como sempre tiveram os jovens socialistas, é uma obrigação da nossa geração!
- Pedro Santana Lopes foi ontem, em entrevista à SIC Noticias, interrompido de uma maneira completamente lamentável por imagens não editadas da chaegada de José Mourinho a Lisboa. Perante o abandono da entrevista, com muita classe, do ex-Primeiro-Ministro, Ricardo Costa vem classificar este acto como inusitado e desproporcionado. Esquece-se é que não foi apenas a PSL que desrespeitou mas aos muitos espectadores que o queriam ouvir e se estavam borrifando para Mourinho!
- Foi muito importante a temática do "regressado" Jovem Socialista. Ao dedicar uma edição completa ao tema da Homofobia numa altura em que o Secretariado Nacional tomou a (inevitável) decisão de adiar esse combate, a JS mostra que os seus legítimos critérios politicos não fazem esquecer um combate que tem de ser de todos e de todos todos os dias.
- José Sócrates veio publicamente desmentir alguns dos casos rapidamente mediatizados provocados pela entrada em vigor do novo Código de Processo Penal. Foi importante ser o Primeiro-Ministro a fazê-lo e não qualquer gabinete de comunicação ou assessor de imprensa. É aos dirigentes que cabe dar a cara nos momentos de maior agitação social, nem que esses momentos sejam provocados por irresponsabilidades grotescas por parte da comunicação social portuguesa.
- Foi de facto decepcionante ver na inauguração de um centro escolar um padre e perante ele o Primeiro-Ministro de Portugal benzer-se. Simplesmente não devia ter acontecido nem uma coisa nem outra. Mas pior que tudo é o alarido enorme na blogosfera em volta desse facto, esquecendo completamente o que levou ali José Sócrates: a reestruturação de uma rede local de escolas, resultado da já esquecida por pais e alunos (depois de vistos os resultados) "politica do encerramento de escolas" com 3 ou 4 alunos.
- O acordo em Lisboa entre o BE e o PS não é bom nem mau: é uma caixa fechada que se abrirá aos poucos até 2009. Terrível mesmo é o aproveitamento de tal acordo pela JSD para lançamento de um cartaz parodiando o que o BE havia feito criticando o silêncio do Governo quanto ao referendo do Tratado Europeu. Ainda por cima porque deles bem que podia constar Marques Mendes...
- 2ª Feira começarão as aulas na Faculdade de Direito de Lisboa. Felicidades a todos os caloiros nesta nova casa e bom ano académico e politico para todos vós/nós.
- É curioso perceber como partidos politicos da oposição bem como comentadores politicos de vários meios de comunicação social invocam a promessa de há dois anos do PS em realizar um referendo sobre a Constituição Europeia como meio necessário (ou mesmo indispensável) para gerar um profícuo debate na sociedade portuguesa. Mas alguém já os ouviu a tecer considerações sobre o assunto? Propostas? Alternativas? Pontos de vista?
- Não querendo mesmo nada parecer o Prof. Marcelo, permitam-me porém aconselhar-vos um livro de excelência (não tanto pela forma mas pelo conteúdo): Foi Assim, de Zita Seabra. Muitos dos relatos são impressionantes, muitos histórias de coragem, convicção e devoção ideológica. Nada comparável, no entanto, à perfeita percepção com que ficamos (transmitida por alguém que nessa altura estava já ao mais alto nível do Partido) de que o PCP acreditou até bem depois do 25 de Abril e do 25 de Novembro que uma revolução comunista era necessária e se impunha como "o passo seguinte". A questão é: é isso que continua a ser a doutrina comunista portuguesa e o seu objectivo? Se sim, mau... acabar com uma democracia como a actual utilizando todos os métodos necessários a instituir uma ditadura do proletariado acho que não é algo que Portugal deseje. Se não, "péssimo"... o que é o Partido Comunista Português e para que existe enquanto tal?
- O novo sistema de crédito a estudantes universitários é uma medida com um alcance inimaginável à primeira vista: permite, mais que responsabilizar o estudante pelo seu percurso académico (argumento mais evidenciado), dar a oportunidade a muitos jovens, que nunca imaginaram terem oportunidade de suportar econimicamente uma licenciatura, de tirar um curso e lutar por um emprego, livre das amarras soció-económicas que o liberalismo ainda não consegue admitir que existem em todas as sociedades democráticas. O que a JS vai ter de continuar a defender, até para se diferenciar da JSD que também há muito defende este sistema, é uma actuação eficaz da acção social. Só as duas em conjunto (acção social forte + novo sistema de créditos) poderão ser consideradas uma vitória socialista.
- Desde a ultima cronica que fiz neste blog muita coisa se passou no mundo politico português. Muito mais que em termos futebolisticos ou de jet7, mas muito menos noticiado. Menos mal... o sound byte da politica portuguesa raramente tem bons resultados. E, no caso do partido da governação, não haver alarido é bom sinal.
- Entretanto no PSD contam-se espingardas. Afinal Menezes também tem barões, tem um apaelho mais fiel e empenhado e até tem tido a "colaboração" de jornais insuspeitos como o Diário de Notícias ou mesmo o Expresso. Mendes acredita ainda que consegue ser o mal menor e é nisso que, a acontecer, se vai resumir em significado a sua vitória.
- Nas restantes rentrées nada de novo, o BE tenta imitar a festa dos comunistas como modo de entrada no novo ano politico. Novidade apenas o não-comicio do PP e a introdução de novas tecnologias no discurso politico. Algo a ter em conta. Os comicios estão tão gastos quanto são ineficazes. È urgente reinventar a comunicação politica e o PP soube reconhecê-lo e executá-lo. Não esqueçamos é que não é com novas tecnologias que velhas e más politicas passam a boas.
- No panorama jovem muita coisa igualmente se passou. O arrendamento jovem, o RJIES, As propinas, o crédito a estudantes, etc... Tudo medidas a requerer atenção da Juventude Socialista e do NES/FDL. Atenção e acção...
- Nem 8 nem 80. Na minha opinião o resultado eleitoral em Lisboa não foi nem uma estrondosa vitória de António Costa, aquela que ele apelou e pretendia, nem foi uma vitória menor, por não conseguir uma maioria absoluta. Foi, nas circunstâncias concretas em questão, uma vitória importante para o Partido Socialista, mas ficando muito aquém daquilo que se esperava de um partido mobilizador como o PS.
- A crise de liderança no PSD não é de hoje. E a falta de uma solução unânime a Marques Mendes faz com que muitos militantes laranjas continuem a preferi-lo como mal menor. Olha-se para os putativos candidatos e respira-se tudo menos alívio e alternativas à altura da história do partido. Mas, curiosamente, relembro que aconteceu um pouco o mesmo no PS, com a saída brusca de Ferro Rodrigues, com um desconhecido José Sócrates a ser lançado apenas por alguns históricos, como Lello, contra um desacreditado João Soares e um resistente Manuel Alegre. Hoje, Sócrates dispensa apresentações e pode ser acusado de tudo menos de não ser um grande líder...
- É com alguma alegria que vejo algumas estruturas concelhias e distritais da JS a apostar no debate do futuro da União Europeia, aproveitando o "pretexto", se é que este era sequer necessário, da Presidência Portuguesa da União. Cabe também à Juventude Socialista Nacional apoiar e incentivar estas iniciativas mas também definir ela própria uma linha de orientação para todos os jovens socialistas que querem ver defendido o modelo social europeu, a integração comunitária e a defesa inabalável dos verdadeiros valores da Europa.
- Começa hoje oficialmente a campanha para as eleições da CML. Existem já inúmeras actividades do candidato do Partido Socialista, muitas das quais exclusivamente destinadas à interacção do candidato com jovens, como a Conversa aberta com jovens no CCB no dia 10. A Juventude Socialista terá um papel essencial na mobilização dos seus militantes no apoio a António Costa. Disso também , acredito, dependerá a vitória!
- A ONESES parece finalmente ganahr fôlego, com o encontro no próximo dia 7 de Julho, onde se analisará o Regimento da organização e se agendará a 1ª CNA e o II Encontro de Estudantes Socialistas. para além disso releva a importância de constar da ordem de trabalhos a análise do novo regime Jurídico de ES. Boas novidades a aguardar uma forte iniciativa do NES/FDL.
- Há dias fui convidado por um amigo meu para realizar com ele, militante e dirigente da JSD, e com outra rapariga da JCP um debate ideológico. Em tempos em que a política se prostitui, sabe bem revisitar a essência das coisas. Obviamente aceite!
- O Gay Parade vai mais uma vez ter lugar em Lisboa no próximo Sábado. E o presidemte da JS/FAUL bem como dirigentes nacionais da JS estarão presentes, dando a cara por uma luta que a JS se viu obrigada a adiar. E bem. Altura de erguer outras bandeiras tão ou mais importantes para a vida da instituição: ensino superior, emprego, habitação jovem, educação sexual, emancipação jovem...
- Normalmente a silly season futebolistica é muito mais acompanhada do que a politica entre os portugueses. E faz sentido: nesta não há contratações, não há intriga, não há surpresas. Mas há um Governo a quem podemos sempre colocar as culpas pelo que se passa entretanto: incêndios, qualidade das praias, falta de turismo, seca, etc etc etc. Afinal talvez não seja assim tão silly...
- Luis Filipe Menezes escrevia hoje no Correiro da Manhã que o retrocesso do Governo em relação à Ota foi um "retrocesso com estilo". E tem razão: seja qual for o resultado do Estudo comparativo Ota/Alcochete o governo poderá sempre dizer que tomou a opção mais acertada. No entanto se a opção for Ota... Marques Mendes cai a pique em mais um dos buracos que sucessivamente escava...
- Nos tempos que correm há que ser frontal o suficiente e dizer isto: tenho orgulho de pertencer a uma juventude partidária. Mas ao mesmo tempo sei ver que nem tudo nestas estruturas funciona da melhor maneira, há um viciado sistema que afasta ainda muitos jovens. Entre mim e esses jovens há apenas uma diferença: eu todos os dias dou de mim (do meu tempo, do meu trabalho, da minha paciência...) para inverter a situação em vez de somente a denunciar. A denunciar morreu o Velho-do-Restelo...
- O "dossier Ota" está a transformar-se a pouco e pouco num assunto vital para o Governo de José Sócrates. As absurdas e disparatadas decalarações de Mário Lino, a intervenção de Cavaco Silva, o lançamento sucessivo de alternativas, o pedido por parte da oposição de retrocesso na decisão, o aproximar da aberturas dos concursos de concessão... tudo isto agudiza a situação. Numa altura em que se caminha para os anos finais do mandato, este poderá ser um assunto decisivo para uma enventual reedição da maioria absoluta.
- Foi com grande prazer que assisti na transacta semana à projecção mediática das duas maiores juventudes partidárias portuguesas: a JSD com o outdoor do camelo, a JS com o outdoor contra a homofobia. Mas é pena que somente isso seja possível em questões polémicas, em questões de choque da opinião pública. Culpa das jotas? Da comunicação social? Das pessoas? A analisar...
- O NES inevetavelmente encerra com o ano lectivo o cerne da sua actividade regular. Mantenham-se no entanto ligados ao que se vai passando na JS e no núcleo através do blog, do site e da newsletter. Entretanto bons exames!
- Era uma decisão difícil: marcar as eleições de Lisboa para 1 de Julho e deixar poucas hipóteses de candidatos independentes poderem sê-lo, ou marcar as eleições para dia 15 de Julho, quando Lisboa está deserta. É também uma opção entre a abrangência da democracia e a própria democracia. Entre a relação das pessoas com o poder e entre a igualdade de oportunidades no acesso ao mesmo. Por isso não me venham dizer que a culpa é de alguma Governadora-Civil que... optou.
- Numa altura em que se dão passos decisivos em relação ao futuro da pretensa Constituição Europeia acho que é à juventude portuguesa que cabe lutar pelo modelo de Europa que deseja. E, nesta perspectiva, à Juventude Socialista cabe um papel vital na discussão e na criação de massa crítica ao futuro da União Europeia.
- É já Sábado a XI Convenção da JS/FAUL. Nesta, como noutras Convenções Federativas um pouco por todo o país, terão voz muitos dos camaradas militantes do NES/FDL. Uma militância activa é o que a JS mais precisa. Façamos por isso.
- Numa altura em que se entra na campanha eleitoral à Câmara de Lisboa O NES/FDL convida todas as pessoas a prestarem mais atenção às desigualdades sociais nas ruas desta cidade. O tema está em enfoque no cartaz mensal.
- Lisboa vai ter o melhor candidato que o Partido Socialista poderia ter. Mas é preciso perceber que em António Costa José Sócrates aposta muito do seu próprio rumo governativo. Sabemos bem que não seria indiferente a derrota eleitoral e um já habitual (censurável mas habitual) voto de protesto num contexto descontextualizado (perdoem-me o pleonasmo) em Lisboa ao Governo do país.
- Mas Sócrates joga também o futuro do próprio Partido Socialista nesta escolha pois dá a uma pessoa a quem todos sabemos ter as qualidades necessárias a ser um excelente Primeiro-Ministro uma autonomia política dentro do PS que não se saberá o futuro que terá.
- O PSD está destinado a perder a Câmara e neste momento em termos de eleitorado não guiado por escolhas partidárias acho que Sá Fernandes tem mais hipóteses que Fernando Negrão. Desde o primeiro minuto em que a crise estalou que Marques Mendes está a ser enfraquecido como líder. A gestão da derrota será penosa e levará mais uma vez a um Congresso em que se escolhe o melhor dos piores.
- O CDS/PP terá este fim-de-semana Congresso nacional para aplaudir Paulo Portas e a sua estratégia, seja ela qual for, exista ela ou não, contenha ela quem contiver. O CDS/PP não pode viver sem Portas e vice-versa. Bom? Para ninguém, acho.
- Discute-se cada vez mais os candidatos do PS à Câmara de Lisboa. Antes de mais acho que deveria de haver coligação entre os três partidos da esquerda democrática. Lisboa só teria a ganhar, como aconteceu no passado. E imprescindivelmente com Bloco de Esquerda. Se o PCP tem quadros autárquicos qualificadíssimos, o Bloco de Esquerda tem a garra e as ideias necessárias para fazer progredir Lisboa. A partir daí sinceramente pouco me interessam nomes. Agora uma coisa seja certa: o PS tem de lançar um nome forte, pois possui aqui uma oportunidade de ouro de se redimir do falhanço total das últimas autárquicas.
- Com a reforma global do regime jurídico das instituições de Ensino Superior, anunciada pelo ministro Mariano Gago existem duas considerações a fazer: a primeira é que este pode ser mais um teste ao seu infeliz desempenho no cargo (apesar de um mérito técnico magnífico), nomeadamente com os deslizes com Bolonha e com a Independente; a segunda é que a Juventude Socialista perdeu mais uma oportunidade magnífica de marcar posição nesta reforma (que conterá politicas autonómicas, de gestão de orgãos, redes públicas de universidades, a internacionalização...). Ainda está a tempo.
- Uma excelente festa, a de 4 de Maio. As felicitações de reconhecimento do trabalho do NES ao longo destes dois anos que nos dêm o ânimo necessário para continuar a crescer em quantidade e qualidade a actividade política da JS na FDL.
- Estão já em curso dois ciclos eleitorais que muito nos devem dizer, enquanto jovens socialistas. O primeiro são as eleições presidenciais em frança, onde o PS francês possui uma candidata à altura dos grandes socialistas europeus das últimas décadas. O segundo são as eleições Regionais da Madeira, onde apesar de Alberto João parecer mais uma vez estar eleito à partida, Jacinto Serrão tem feito um trabalho notável e atingido resultados históricos.
- Mas começará em breve um ciclo eleitoral que dirá muito ao NES/FDL: as eleições autárquicas intercalares da Câmara Municipal de Lisboa. Nem todos os membros do NES/FDL serão de Lisboa, mas a verdade é que vivem (pelo menos grande parte do dia) e trabalham nesta cidade, as medidas tomadas pelo executivo camarário dizem-lhes, por isso, directamente respeito porque sofrerão/usufruirão das consequências. Isto já para não falar da inserção do NES/FDL no seio da Concelhia e da Federação de Lisboa da Juventude Socialista...
- Como a evolução é composta de mudança, o Jornal do NES promete mudar para melhor. A apresentação do novo design terá lugar, como sabem, no bar Politika já amanhã. Uma oportunidade de se juntar a família NES e comemorar mais um passo em frente na vida deste grande núcleo.
- 25 de Abril. Uma data cada vez mais banalizada. Não esquecida, mas vulgarizada. É feriado. E é isso que significa para muita gente, principalmente jovens. E é realmente preocupante: se é largamente conhecido que os portugueses, em geral, possuem uma fraca cultura e especialmente uma paupérrima memória histórica colectiva, imagino o que será desta data daqui a 20 anos, quando esta geração e a próxima forem não o futuro mas o presente do país...
- Foi com grande tristeza e mesmo alguma amargura que verifiquei que inúmeras pessoas aboradavam o grupo da JS na Marcha pela Liberdade na tentativa de saber onde estavam as pessoas do PS. Alguns juntaram-se a nós, outros foram embora, outros ficaram por ali. Mas nenhum achou o grupo do Partido Socialista. Nem eu.
- No fundo todos sabemos isto: uma manifestação, uma conferência de imprensa, uma acção de campanha, etc só terá o impacto que lhe quiser dar a comunicação social. por isso estou plenamente consciente que os movimentos de extrema direita, pelo menos em Portugal, não têm crescido alucinantemente, mas sim sido alvo de um atenção mediática fora do vulgar. Por mim apenas seriam notícia quando fazem as habituais acções de campanha à porta de escolas básicas e secundárias.
- Que a tradição se mantenha:
(Marcha do 25 de Abril)
- Hoje o Partido Socialista português faz 34 anos. Fundado por Mário Soares e outros distintos socialistas, como António Macedo ou Salgado Zenha, no exílio alemão, este é um partido que sempre se manteve fiel à sua linha ideológica mas nunca obstinado ao progresso e à evolução da sociedade portuguesa. Parabéns.
- Aproxima-se o Desfile do 25 de Abril na Avenida da liberdade. Se no ano passado, apesar do calor estiveram 5 militantes do NES, espero que este ano estejam 4 ou 5 vezes mais. É com orgulho que somos de esquerda, e é com orgulho que o mostramos a todos, sejam comunistas obstinados ou nacionalistas radicais!
- Não se pense que o episódio da Iuris Graphia é de hoje. A sátira (que ultrapassa qualquer sentido, por mais amplo que seja, de sátira) sobre temas delicados, como a homossexualidade ou o aborto, foi repetidamente utilizada na revista da Associação Académica duarante o último ano e volta agora com dois artigos no mínimo indecentes. Aos artistas o meu repúdio por tão fraca capacidade artistica e mental.
- Hoje foi a reunião de fundação do NEP/FDL (Núcleo de Estudantes Populares da FDL). É com grande satisfação que vejo surgir este núcleo. Só honra a história política da FDL e afirma mais uma vez esta Faculdade como um espaço de saudável confronto político de ideias e ideais. Que surjam (ou se revitalizem) os restantes...
- Inadmissível para qualquer político, mas em especial para o líder do maior partido da oposição, as declarações proferidas por Marques Mendes no seguimento dos esclarecimentos de Sócrates acerca do seu percurso académico. Se senti que Portugal era um país pequenino na entrevista de onde constaram perguntas como: "E ia às aulas?", tive a certeza que era ainda mais pequeno que a vergonha de um político de um partido que merecia pessoas responsáveis.
- Hoje Odete Santos abandona o Parlamento. Foram 26 anos de uma actividade e entusiasmo só próprios dos grandes apaixonados da vida política. Um "Até sempre camaradas" que retribuo com um adeus com a mão esquerda, não houvesse camaradas e camaradas!
- Pedro Nuno Santos vai estar no ISCSP dia 17 de Abril para debater a despenalização das drogas leves. É disto que a JS necessita continuamente, através da acção de todos os secretários nacionais competentes por determinada área. Ou as pastas são para ficar bem ao cargo?